Bem vindo


"NON NOBIS DOMINE, NON NOBIS, SED NOMINI TUO DA GLORIAM"


Seja Bem Vindo a Casa Templária de Jaboticabal. Representação da "Orden Soberana y Militar del Temple de Jerusalem".

Pesquisa Web / Blog

sábado, 28 de janeiro de 2012

O PAPIRO DE ANANA

O assunto reencarnação como nos conhecemos é fonte de debate de filosofos e religiosos desde que nos conhecemos como homem e sociedade. Apresenta-se como um dos fundamentos do Espiritismo, do Hinduismo, do Jainismo, do Rosacrucianismo e até mesmo do Cristianismo.
Debates a parte sobre cada uma dessas doutrinas, apresento abaixo um texto que data do ano de 1320 AC, escrito por Anana um escriba e vizir egipcio do Faraó Sethi II, nele podemos ver como interpretavam a morte e a reecarnação, do ciclo do homem de vida e morte, o culto aos deuses e a um único Deus, um pensamento que não difere muito ou quase nada do que temos nos dias atuais.
A doutrina da reencarnação é exposta de maneira perfeitamente explícita neste texto.

Do papiro de Anana, vizir e escriba do Faraó Sethi II (1320 a.C.).

Vede! Não está escrito neste rolo?

Lede, vós que encontrais nos dias por nascer, se vossos deuses vos derem a inteligência!

Lede, ó crianças do futuro e aprendei os segredos deste passado, que para vós está tão distante e que está, entretanto, tão próximo!

Os homens não vivem somente uma vez, partindo em seguida para sempre. Eles vivem numerosas vezes, e em numerosos lugares, embora não seja sempre neste mundo. Entre duas vidas, há um véu de obscuridade. A porta abrir-se-á no fim e nos mostrará todas as câmaras que nossos passos atravessaram desde o começo.

Nossa religião nos ensina que nós vivemos eternamente. Ora, a eternidade, não tendo absolutamente fim, não pode ter começo; é um círculo. Porque se (um) é verdadeiro, isto é, que nós vivemos para sempre, parece-nos que o (outro) também é verdadeiro: que nós sempre vivemos.

Nos tempos antigos, antes que os Sacerdotes tivessem condensado os pensamentos do homem em blocos de pedra e que eles tivessem construído templos para mil deuses, muitos tinham este raciocínio por justo, como eles sabiam que não havia senão um só Deus. Aos olhos do homem, Deus tem muitos rostos e cada um jura que aquele que ele vê é o único verdadeiro Deus. Entretanto eles estão errados, por que todos eles estão corretos.

Nosso Ka, que são nossos Nós Espirituais, nos mostram cada um de uma maneira diferente. Recorrendo à eterna fonte de sabedoria que está oculta no ser de todo homem, eles nos dão lampejos da verdade, como nos dão a nós que somos instruídos do poder de operar maravilhas. O espírito não deve ser julgado segundo o corpo, nem o deus segundo sua casa.

Entre os das duas terras, o escaravelho é um deus, mas um emblema do criador, porque ele rola uma bola de excremento entre duas patas e aí deposita seus ovos para que eles se rompam, como o criador rola o mundo inteiro de nós e lhe faz produzir a vida. Minha fé me ensina que a vida não termina com a morte e que por conseguinte o amor, sendo a alma da vida, deve necessariamente durar o longo tempo que ela dura.

A força deste laço invisível continuará a unir juntas duas almas por longo tempo após que o mundo esteja morto.

Se vós perdeis um ente querido, tomai coragem; a morte é a nutriz que o conduz a dormir, nada mais, e de manhã ele despertará de novo para viajar através de um outro dia com aqueles que velaram por ele com compaixão desde o começo.

A Eternidade não tem um fim, logo não tem começo.

A Eternidade é, pois, um círculo.

Se nós vivemos, nós devemos continuar para sempre e se nós continuamos para sempre como o círculo e como a Eternidade, o homem não teve começo.

O homem vem à existência numerosas vezes; entretanto, ele não sabe nada de suas vidas passadas, a não ser que, ocasionalmente, um sonho ou um pensamento o conduz a alguma circunstância de uma encarnação precedente.

Mas ele não pode lembrar-se quando, nem onde este acontecimento se produziu. Ele conhece somente alguma coisa de familiar. No fim, portanto, todas as suas vidas passadas despertarão nele. As almas que se conhece em uma encarnação, encontrar-se-ão talvez em uma outra encarnação, atraídos um para o outro; mas por qual razão, todos dois o ignorarão.

Vede! Foi escrito neste rolo de papiro!

Lede, vós que o encontrais nos dias por nascer, se vossos deuses vos derem a inteligência!

São dos deuses os únicos responsáveis por este conhecimento e pelo meu próprio deus estou reproduzindo meu próprio conhecimento.

Um dia aquela alma lerá e sua inteligência despertará e todos sairemos à luz. Pois sabemos que só existe um único e verdadeiro deus entre todos os deuses e este somos Nós.

O Grande Tum (A Casa de Toda a Vida) reunirá cada um deles em um e todos sairemos à Luz.

Lede ainda, ó alma de criança, que todas as palavras são fórmulas para o teu despertar.

Quando tiveres nascido a morte não mais existirá, uma vez que a Eternidade é uma constante.

"NON NOBIS DOMINE, NON NOBIS, SED NOMINI TUO DA GLORIAM"

Casa Templária de Jaboticabal
Comendadoria do Rio de Janeiro - Brasil
Gran Priorato de Espana - Priorato Magistral de la OSMTJ/OSMTH
Orden Soberana y Militar del Temple de Jerusalem - OSMTJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário